CENTRAL DE SERVIÇOS COMPARTILHADOS (CSC)

Uma nova forma de prestar serviços (ou de compartilhar módulos e técnicas de gestão através de serviços especializados) vem ganhando força no Brasil, a exemplo de outros países onde esta prática está mais difundida, seja na iniciativa pública quanto na privada.

É a Central de Serviços Compartilhados – CSC (também conhecida como Shared Service Center – SSC), que é um modelo de organização de processos operacionais, no qual uma área da empresa presta serviços a partir de um mesmo ponto de atendimento para várias unidades ou departamentos da corporação, evitando a duplicidade das atividades dentro da empresa, a otimização de recursos e a integração de tecnologias, pessoas e processos (Deloite, 2007).

A Central de Serviços Compartilhados é uma unidade empresarial autônoma, com diversos clientes, com seus próprios custos e lucros, organizada em uma estrutura de negócio que presta serviços para várias empresas ou setores, sem exclusividade, mas com alta performance nas especialidades em que se propõem a trabalhar.
O setor público, em algumas esferas, tem também adotado parte desta técnica, para centralizar o conjunto de serviços comuns do Estado, foi a experiência do Estado de Minas Gerais (http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/68/2013_EnANPAD_APB974.pdf) e também na Autarquia do Rio de Janeiro (https://www.inovarse.org/sites/default/files/T14_0437_3.pdf).

As atividades mais comuns de serem compartilhadas são as transacionais e administrativas e as atividades técnicas e profissionais, com especial destaque para as áreas financeiras, recursos humanos, tecnologia da informação, marketing, comunicação e área jurídica. Dentre as características deste modelo de gestão merecem destaque:

Centralização de Atividades: acredita-se que a centralização de tarefas gera ganho em escala, seja pelo compartilhamento de recursos ou maior controle gerencial da liderança;

Segregação entre atividades Transacionais e Não Transacionais: separação das atividades de suporte rotineiras e padronizadas, daquelas relacionadas a atividade fim da empresa;

Unificação de Departamentos: um centro de serviços segregado do restante da(s) empresa(s) e envolto em uma camada de atendimento que evita o acionamento direto dos seus profissionais.

Com base nesses três pontos as empresas começaram a (des)centralizar seus processos financeiros, de compras, marketing, cadastros, distribuição, logística, departamento pessoal e outros que possam ser classificados como transacionais, podendo, então, focar sua atividade e seus profissionais para o que realmente importa.

Não se trata de terceirizar atividades, mas sim, de contratar uma empresa (CSC) especializada na prestação de determinados serviços, sem exclusividade, mas com alto padrão de qualidade, conhecimento e procedimentos estruturados.

Quanto mais diversas unidades operacionais ou de negócios, mais evidente ficam os resultados positivos do modelo de Central de Serviços Compartilhados.
Dentre os benefícios de uma CSC, se destacam alguns pontos comuns em compartilhar serviços:

Aumento de Produtividade: em razão da padronização das atividades. Além disso, também ajuda a reduzir falhas e aumentar a velocidade operacional. A padronização de processos também facilita a criação de soluções objetivas e úteis dentro dos setores envolvidos no CSC. Isso ajuda na criação de valor e de credibilidade em relação aos clientes;

Redução de Custo: pois as atividades são otimizadas com a centralização de processos, evitando a desorganização que leva a erros;

Comunicação entre setores: colaboradores necessitam de informação de todos os setores. A sintonia entre os departamentos gera mais eficiência e agilidade na realização das atividades;

Relacionamento com clientes: a harmonia no fluxo de trabalho aumenta a qualidade do serviço, melhorando o relacionamento com os clientes.

É preciso ter uma visão clara em relação às mudanças organizacionais da empresa que adotar a Central de Serviços Compartilhados. Para isso, é essencial entender quais profissionais e processos serão impactados, e descobrir qual abordagem poderá ser utilizada para gerenciar a iniciativa (que pode ser direta, de uma só vez, ou lento e gradual).

O importante é conhecer este novo modelo de negócio, investir na contínua inovação e atualização dos velhos sistemas, aproveitando a onda da tecnologia para que ela trabalhe a nosso favor.

        

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