Sem surpresas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou novamente em 0,75 ponto percentual a meta da taxa Selic, para 10,25% ao ano, sem viés. Em decisão unânime, o comitê optou por prosseguir com o aperto monetário mantendo o mesmo passo da reunião anterior.

O comunicado também foi semelhante ao texto divulgado ao fim do encontro de abril. “Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,25% ao ano, sem viés”.

O movimento já era esperado no mercado. A semana foi recheada de indicadores, como inflação e PIB, e a aceleração da atividade econômica acima do projetado pela maioria dos economista chancela a necessidade de uma contração da demanda domésticas.

Diferentemente de outras decisões do Copom, parece haver consenso de que a economia cresce acima da sua capacidade. Há poucas vozes dissonantes. O Brasil cresceu 9% no primeiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, e 2,7% quando comparado aos últimos três meses do ano passado.

As discussões agora se concentram na duração e na magnitude total do ajuste. O boletim Focus aponta mais duas altas de 0,75%, levando a Selic para 11,75% já em setembro, antes das eleições, portanto. Mas há analistas que apostam em até 400 pontos base de aperto, com elevações se estendendo até depois do pleito. A diferença dos cenários está na esperada desaceleração da atividade econômica brasileira e na expectativa de impacto da crise europeia.

Os efeitos da política monetária contracionista serão sentidos apenas no segundo semestre. Por enquanto, as expectativas continuam deterioradas, seguindo os dados de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial do sistema de metas de inflação, subiu 0,43% em maio, depois de avançar 0,57% um mês antes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado de maio é o menor do ano e o mais baixo para meses de maio desde 2007, quando o IPCA marcou 0,28%. Ainda assim, já acumula alta de 3,09% no ano.

A ata da reunião encerrada ontem será divulgada no dia 17, quinta-feira. A próxima reunião acontece em 20 e 21 de julho.

Fonte: Valor Online

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