As Oficinas sobre a prática do psicólogo como operador em situações de emergências e desastres realizadas em Joinville (28/3) e Florianópolis (29/3) pelo CRP-12, em parceria com o CFP, alcançaram um dos principais objetivos que era fortalecer a rede local para intensificar a participação dos psicólogos nesta área.

A Dra. Angela Coelho, professora do Centro Universitário de João Pessoa, Paraíba, e uma das pioneiras em estudos sobre emergências e desastres no país, ministrou as oficinas nos dois dias e ficou impressionada com a propriedade com que os psicólogos catarinenses já atuam. ?Os profissionais estão envolvidos e conhecem vários dos procedimentos corretos para atender os casos de problemas relacionados aos desastres naturais?, disse ela.

As Oficinas foram focadas no trabalho de prevenção, tendo como indicativos a inserção do conteúdo transversalmente na formação profissional e a implementação efetiva de políticas públicas que possam dar respostas rápidas depois das tragédias, mas com riscos minimizados pela boa atuação preventiva.

O objetivo do evento era debater, analisar e propiciar a identificação de estratégias de atuação dos psicólogos na área. Santa Catarina possui um histórico de ocorrências trágicas, incluindo enchentes, deslizamentos e até mesmo a presença de furacões e tornados. A procura pelas oficinas foi tão grande que foi preciso selecionar os participantes de acordo com o número de vagas. Foram 40 participantes em Joinville e outros 41 em Florianópolis.

Puderam participar psicólogos dos serviços públicos, ONGs e voluntários com experiência em situações de emergências e desastres. A coordenação foi feita pela conselheira Maria Carolina da Silveira, coordenadora do eixo Emergências e Desastres da Comissão de Políticas Públicas do CRP-12.

A facilitação realizada pela Dra. Ângela Elizabeth Lapa Coelho, consultora do CFP na área, foi elogiada pelos participantes, que puderam interagir bastante com perguntas e relatos das experiências que tiveram em casos ocorridos no Estado.

Ao focar a prevenção, Ângela fez um histórico rápido da atuação da Psicologia no campo social e na inserção da profissão nas práticas relacionadas às emergências e desastres. ?Não existe um marco de quando a Psicologia começou a fazer parte da rotina de atendimento da população atingida por um desastre, mas a consolidação ocorreu a partir de 2005, quando o CFP trouxe o tema para os congressos e passou a despertar a atenção e organizar o tema entre os profissionais?.

A atuação coletiva entre outras categorias foi outro ponto de destaque das oficinas e para isso é preciso que o governo federal aprove um Plano de Contingência da Defesa Civil que vai regulamentar a atuação dos estados e municípios nas ações de prevenção e de respostas aos desastres naturais. ?É muito importante que possamos fortalecer as redes locais, porque quem conhece a sua cidade, sua região, é que pode efetivamente contribuir no atendimento imediato e depois a longo prazo?, disse a consultora, que completou: ?Primeiro precisamos trabalhar e organizar os psicólogos que já fazem parte de grupos de atuação em emergências e depois articular as ações com os gestores públicos, mas esta segunda etapa depende muito do Plano de Contingência a ser aprovado no país?.

Ao concluir, Ângela ressaltou que as oficinas serviram também para integrar os profissionais que lidam com o tema. ?Essa troca de vivências permite mais avanços no fortalecimento dos grupos locais, que podem agora conversar mais e saber onde buscar mais informações.

Para a conselheira Maria Carolina, esta proximidade do CRP-12 com a categoria, além de possibilitar competência técnica, contribui para a construção da Psicologia, com ética e qualidade perante a sociedade. ?Assim que atingimos nossa missão que é orientar a categoria, com responsabilidade social e comprometidos com a cultura de direitos e cidadania.?

Fonte: CRP/SC

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